Pedir Prémios Nobel à Universidade de Coimbra
Sansão Coelho em 3.março.2015
A Universidade de Coimbra está aniversariante e comemora com festa e júbilo a efeméride (725 anos). O Magnífico reitor foi empossado para mais um reitorado e em boa hora isto acontece porque fez bom trabalho nos últimos anos e tem o apoio de uma equipa de vice-reitores de grande eficácia. O Professor Doutor João Gabriel Silva é a certeza de que a nossa Universidade vai crescer em qualidade (caso concreto da Investigação) e na quantidade (algumas instalações precisam de ser construídas de raiz e outras renovadas e/ou ampliadas).
Coimbra teve fases em que viveu muito à sombra da sua Universidade e temos de o admitir com clareza. Coimbra é uma cidade de prestígio por causa de ter a Universidade que tem, mais do que sete vezes centenária e reconhecida cientificamente pelos pares: e isto não se discute perante algo tão evidente. Atualmente a cidade de Coimbra é uma grande cidade com vida e dinâmica próprias e que tem dentro uma das mais prestigiadas universidades do mundo com sociabilidades académicas muito singulares: as suas tradições e o canto, por exemplo, são reconhecidos em vários “recantos” do mundo. Muitas das suas investigações são notícia, de forma emérita, a nível mundial.
E isto chega? Não! Precisamos de mais. A Universidade de Coimbra tem uma missão fundamental na descoberta e estudo do tratamento
de várias doenças; a Saúde tem um lugar preponderante e o tal reconhecimento universal pautado pela exigência e certificação científica. Queremos mais? Claro que queremos. É fundamental dar as melhores condições a quem faz investigação em todas as áreas e, de forma muito especial, na saúde. Da Universidade de Coimbra têm de sair Prémios Nobel. A cura do cancro tem de ser conseguida em Coimbra pelos especialistas. O aparentemente impossível tem de ser conseguido em Coimbra dentro da sua Escola Superior. Não se pede a utopia. Apenas que se juntem vontades e condições para
justificadamente a Excelência estar dentro da nossa Alma Mater.
Da Sociologia à Economia; das Ciências do Desporto ao Jornalismo; da Medicina à Farmácia; da Química às Engenharias; das Relações Públicas ao Turismo. Para além de Saramago na Literatura (sem ligação efetiva a Coimbra), o outro Nobel Português (Doutor António Egas Moniz, médico) foi docente da Universidade de Coimbra na área da Saúde embora por pouco tempo porque foi para Lisboa com cátedra efetiva. É isto que estamos a pedir a Coimbra e à sua Universidade em Tempo de Festa: queremos Prémios Nobel em diversas áreas.
E sabemos que este pedido não é tão fácil como pedir, por exemplo… a permanência do futebol da Associação Académica/OAF na Primeira Liga. A competição na Ciência é muito, muito dura…
Um F. R. A. pela Universidade de Coimbra e por todos aqueles que a corporizam.
interatividade: sansaocoelho@coimbracanal.com