São comuns os lamentos dos comerciantes da Baixa de Coimbra relativamente à diminuição drástica de atividade económica. A Baixa de Coimbra pode muito bem “competir” com as grandes superficies quando perceber que é, pode ser, uma muito diferente grande superficie ao ar livre e perceber que tem de conquistar o rio, associando ao comércio atividades de lazer, tempos livres, etc., numa lógica global em que as acessibilidades e o estacionamento são resolvidas. Muito diferente porque baseada em comercio tradicional, de proximidade, serviços, alimentação (tapas e gastronomia regional), etc., num espaço que se estende até ao rio e tem locais de atividade cultural (música, teatro, galerias, etc.), mas também junta atividades paras as famílias, tudo numa lógica de criar uma nova centralidade. E tem de ser habitada, por forma a ter vida diária, provavelmente criando também no local condições para residências universitárias de alunos de pós-graduação, docentes e discentes visitantes, etc. A baixa tem de instalar empresas, aproveitando alguns dos edifícios que por lá existem. Tem de remover a linha de comboio entre Coimbra-A e Coimbra-B, transformar a estação de Coimbra-A num centro de negócios e conquistar o rio. A baixa só renascerá com gente que lá trabalhe e faça lá a sua vida, com atividades culturais que a diferenciem, com motivos para sair à noite, com atividade que apele a Coimbra. E se…
E se… , um programa de Norberto Pires
Realização de Rijo Madeira
Joaquim Norberto Cardoso Pires da Silva é actualmente professor do Departamento de Engenharia Mecânica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde é responsável pelo laboratório de Robótica Industrial. Organizou vários cursos, conferências e workshops sobre robótica e automação. É ainda director da revista técnico-científica Robótica, a única revista Portuguesa na área da robótica e automação.